O Sino que soamos nos cultos possui várias formas e significados que nem sempre são divulgados. Desta vez desvendaremos tudo a respeito deste místico sino e de como é utilizado em nossas cerimônias.
Originalmente, no lugar do sino era uma chapa de Madeira, que era utilizada como instrumento de percussão. Na religião budista foi adaptado como instrumento para informar o tempo. Na China o sino tomou sua forma atual em bronze e assim segue até hoje.
Existem vários tipos de sinos. Existem os residenciais (chamados em japonês de Rin), o sino maior (chamado de Gan) batido pelos celebrantes na nave (Hondo) dos Templos, o sino plano de metal (chamado de Kei) batido também pelos celebrantes na nave do Templo, e o sino grande, pendurado na ala externa de grandes Templos (chamado em japonês de Shou ou Kane) que, de tão grande, possui um batedor que é um tronco de árvore.
Vamos classificar e explicar os mais famosos tipos de sinos. Os sinos utilizados em Rituais de cultos exercem quais significados?
Pode se dizer que são três significados.
1. Sinalizador de cerimonial: Indica quando o culto começa e termina. Quando se inicia a oração, e quando se interrompe a oração. E também quando se dá ênfase num determinado enunciado ou prece.
2. Invocação das entidades: Invoca todos os santos, bossatsus e divindades para ouvirem, compartilharem da sua oração e principalmente orarem juntos com você.
3. Símbolo da repercussão dos atos: quando se joga uma pedra na lagoa formam-se círculos de ondas, umas atrás das outras, demonstrando a repercussão de uma simples pedrinha jogada na água. Da mesma forma que o som ecoa, nossos atos devem repercutir e propagarem-se. Propagando os ensinamentos, não interrompendo e nem descansando de praticar, estará atuando exatamente como o efeito de um toque no
sino.
– Ao iniciar um culto ou uma sessão de orações bater 9 vezes na seguinte intensidade:
O-O O-O-O o-o O-O
– Ao terminar um culto também executa-se a mesma seqüência.
– O modo de bater deve ser de acordo com o momento, o tamanho do sino, do batedor e outras características.
– Em sinos Maiores dos Templos nota-se que os sacerdotes nunca batem de cima para baixo. Batem de baixo para cima e num angulo suave, não muito inclinado, pois além de machucar o batedor, maltrata o sino.
– Nos sinos residenciais a orientação é tocar de cima para baixo com uma inclinação que não gere um som doído aos ouvidos.
– O tempo de atrito do batedor com o sino também não é rápido demais e nem demorado demais. Deve ser um toque eficaz o suficiente para emanar o som que já existe dentro de você e do cosmo.
– Durante os enunciados sempre que terminar uma oração (frase) importante é válido enfatizá-la com o toque do sino.
– Se bater demais perderá o toque encantador do sino e se bater de menos faltará o toque místico do cerimonial.
Obs: Onde as letras estiverem todas maiúsculas significa bater o sino uma vez na primeira sílaba em negrito.
Obs 2: Este modelo é utilizado na Matriz Mundial do Budismo Primordial, e foi cuidadosamente especificado pelo 19º Sumo Pontífice ainda quando era coordenador da matriz mundial em 1958.
(Sanguemon – Oração de Penitência)
– …..Kojin yori busshin ni itarumade TAMOTI tatematsuru …..
– …..Honnin gueshu NO…..
– (Kandyoumon – Oração de Invocação)
– …..Nyorai Metsugo gogo Hyaku saishi KANDIN Honzon Shou …..
– …..Shaba sekai wa SANSAI o hanare shikou o idetaru …..
– …..Sakubutsu shakudo o hyoussuru ga yue nari KAKU no …..
– …..Tada HAPPON ni kaguiru hontyou shamon …..
– …..NAMUMYOUHOURENGUEKYOU.
(Nitigatigue – Verso do Sol e da Lua) Trecho final do 21º Capitulo do Sutra Lótus
– …..Yumyou o nozoku ga gotoku KONO hito seken …..
(Kuongue – Verso do Buda Primordial)
– …..TENTYOU dikuu … SOKUSAI enmei goudyuu …..