“É o sentimento de incentivar
os outros a praticarem a fé
que se torna exatamente
na fonte geradora de virtudes.”
Por Nippou Saito
Um dos pontos básicos da fé do Budismo Primordial é acumular virtudes (carma positivo). Pois, nada acontece por acaso, e são exatamente essas virtudes as causas que fazem concretizar as bênçãos.
E elas estão relacionadas diretamente as atividades religiosas (gohoukos), isto é, as virtudes são geradas através da prática e expansão do Mantra Sagrado Namumyouhourenguekyou e também através da participação nos eventos e programações em prol do templo e da religião.
Porém, mesmo participando de uma determinada programação, o acúmulo de virtudes, a intensidade pode ser diferenciada dependendo do sentimento e do objetivo.
Por exemplo: quando for fazer a oração em casa, em vez de fazer sozinho, procurar convidar alguém ou toda a família; ou quando for participar de um culto grupal ou mesmo do culto matinal no templo, dar carona para mais pessoas; ou quando for fazer as suas preces, fazer também preces para outras pessoas; ou convidar um amigo ou alguém que não é fiel para conhecer o templo e a religião.
Quando agimos e temos essa preocupação com outras pessoas, em vez de acumularmos as virtudes somente para si, estaríamos possibilitando que mais pessoas também possam receber os carmas positivos e ter esse privilégio de receber essa causa das bênçãos.
Atualmente utiliza-se muito a palavra “compartilhar”, assim sendo, no caso dos exemplos citados estaríamos compartilhando as virtudes das orações e dos gohoukos. E quando são compartilhadas, elas retornam para si bem mais fortes.
Evidentemente que quando praticamos a fé ou quando participamos das atividades religiosas visando apenas o bem estar pessoal, receberemos sim as virtudes, mas somente o equivalente.
Mas, quando compartilhamos ou dividimos com alguém, receberemos com mais intensidade, com juros digamos assim, ou seja, receberemos mais do que esperamos ou imaginamos.
Todos almejam uma vida longa. Porém, mais importante que isso, seria a forma como vivemos o dia-a-dia.
E para nós essa forma não é viver pensando apenas em nós mesmos. É vivermos para ofertar, para compartilhar as virtudes com as pessoas que estão ao nosso redor. Isso embora parecendo favorecer apenas o outrem, na verdade se torna uma maneira primordial de cultivar a própria felicidade.