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A estátua de um monge barrigudo que as pessoas pensam ser Buda, não é o Buda. É um monge chinês que, por ser gordo, passou a ser reverenciado como um tipo de Santo da Fartura. Por isso, não se preocupe, não cometeu nenhum pecado. Embrulhe num jornal e depois num saco plástico. Feito isso, poderá se desfazer colocando para coleta sem misturá-lo no interior de outros sacos de lixo. Tomamos este cuidado em sinal de respeito com todos os artigos religiosos, independente da religião ao qual pertencem. Quanto as moedinhas, se tiver algum valor ainda poderá gastá-las ou guardar.

Em relação a alguns outros objetos considerados sagrados, tomamos o cuidado de cremá-los no quintal da casa ou trazê-los ao Templo para serem incinerados, devidamente com o profundo respeito. Em caso de metal ou porcelana, os objetos são enterrados para que se desfaçam na terra. A prece que fazemos no momento da incineração de objetos sagrados é que, todos eles retornem a Terra Primordial (Hondo) e que voltem a fazer parte da “Unidade Absoluta” a qual originariamente faziam parte antes de se fragmentarem.

Voltando ao assunto do referido “Buda de Gesso”, é crença popular e pura superstição colocar moedas e coçar a barriga. Isso quando ele não é posto de cara para a parede dando as costas aos males que supostamente possam entrar pela porta. Seguir superstições é medo, e medo não tem nada haver com a fé. Pelo contrário, coloca a sua fé em dúvida já que não depende unicamente dela para procurar solucionar uma situação. Também, se sua religião lhe permitir qualquer tipo de mistura religiosa, então a legitimidade dela própria deverá ser questionada. A religião a ser praticada deverá ser completa para que não tenha de recorrer a superstições ou práticas de outras religiões para solucionar suas necessidades.

O Budismo do Caminho Primordial que praticamos, oferece-lhe todos os caminhos para a solução sem que tenha de buscar algo fora deste caminho religioso. Por isso é completo. A Imagem Sagrada (Gohonzon) que veneramos é a Divindade Absoluta é o Buda Primordial. Portanto, não existe a necessidade de ostentarmos outras imagens, coçar barriguinha de um ou colocar de ponta cabeça outros… Muito menos também, de imaginarmos algum tipo de sorte ou azar, pois aprendemos no budismo que nada acontece por acaso, mas sim, que tudo é fruto do seu esforço e merecimento advindo da sua virtude da prática da fé e oração do NAMUMYOUHOURENGUEKYOU.

Fonte: Revista Lótus n°41 Pg.16