Quando Nitiren Daibossatsu iniciou sua pregação no Japão, passou por muitas dificuldades, e precisou evidenciar a existência do Buda Primordial além da personalidade do Buda histórico, até então único conhecido. Por isso, diferenciar Buda de deus não seria a colocação mais correta. Certamente, ao invés de diferenciar, sobrepor um conceito abrangente e único seria a definição mais adequada a esta questão.
Antes de responder, porém, deveríamos analisar qual é a conotação e significado dado a cada uma dessas palavras.
Buda é um adjetivo que significa “Aquele que é perfeito”.
No Brasil muitos costumam dizer que “Só Deus é perfeito”. Portanto, a partir deste ângulo, vemos que se fala de uma personalidade de nomes e adjetivos diferentes. Porém, o deus mais conhecido no Ocidente foi aquele que a partir do barro, criou o homem. De sua costela então, criou a mulher. A luz, o céu, a terra também seriam suas criações.
No budismo quando dizemos “Buda Primordial” nos referimos ao Ser e energia que rege o universo e que nos pregou pessoalmente o Sutra Lótus, mais especificamente os Oito Primeiros Capítulos do Caminho Primordial, e mais, comprovou sua condição e vida eterna invocando os Bossatsu Emergidos da Terra. Acima de tudo, também nos deixou a fórmula da iluminação, o “NAMUMYOUHOURENGUEKYOU”, para que pela fé e compaixão, pudéssemos sem discriminações, sermos conduzidos a plena felicidade.
Para não cairmos nesta discussão terminológica que não traz nenhum tipo de beneficio é que, costumeiramente, denominamos a entidade divina suprema de Buda Primordial. Está acima de qualquer tipo de Buda, Deuses, divindades e outros.
Fonte: Adaptado de Revista Lótus n°33 Pg 12