Muitas pessoas desconhecem a história do Budismo no ocidente. Como ele atravessou o mar e chegou em nosso país? Abaixo, segue a história do primeiro monge budista a pisar em solo brasileiro,  o Padroeiro do Budismo no Brasil, Mestre Ibaragui Nissui Shounin.

 

Em 18 de Junho de 1908, após 50 dias de viagem, atracou no porto de Santos o navio Kassato Maru, com os primeiros 781 imigrantes japoneses que vieram para trabalhar na zona cafeeira do Estado de São Paulo, que estava carecendo de mão-de-obra desde o fim do trabalho escravo. Haviam deixado o Japão com o propósito de, um dia, retornarem mais ricos. Eram em sua maioria, camponeses que haviam sofrido muito com as modificações políticas ocorridas na era Meiji, a favor da industrialização.

 

 

 

Não pelos mesmos motivos, mas entre eles se encontrava Ibaragui Nissui (Tomojiro), com 22 anos, sua esposa Tiyo Ibaragui (Yasumura) e seu irmão (do segundo casamento de sua mãe) de 14 anos, Shíntaro.

Ibaragui Nissui Shounin, seu irmão e sua esposa eram os únicos três imigrantes procedentes de Tóquio (região mais abastada do Japão) dentre 781 pessoas.  Isso, somado ao fato de que descendiam de uma família de comerciantes razoavelmente bem sucedidos, comprovam que o objetivo dele ter vindo ao Brasil não era o de ficar rico, como os demais, mas sim, que possuía um mais nobre e diferente propósito.

Foi o primeiro sacerdote budista a pisar em solo brasileiro e realizar a primeira oração e culto budista, logo ao desembarcar em Santos, momentos antes de embarcarem no trem que os levariam até o alojamento de imigrantes, no Brás, em São Paulo.

 

Solidarizando com inúmeros imigrantes japoneses, trabalhou nos cafezais, abriu matas, arou terras e ao mesmo tempo divulgou e expandiu o ODAIMOKU do HOKEKYOU, a sagrada essência do budismo.

Ibaragui Nissui ou Tomojiro Ibaragui (nome de registro) nasceu no dia 18 de Dezembro de 1886, na cidade de Kyoto. Seu pai Ibaragui Heikiti, faleceu antes de seu nascimento e sua mãe, Tsune, com apenas 19 anos, casou-se novamente deixando-o aos cuidados da avó paterna Tane.

O Mestre Ibaragui passou a infância em Kyoto, onde concluiu o curso primário. Estudou ábaco (soroban) poemas e literatura clássica chinesa. Trabalhou, desde pequeno, na fábrica de folhas de prata (Guinpaku, muito utilizada em decorações) de propriedade da família Ibaragui. Sua avó o levava frequentemente aos cultos matinais no Templo Yusseiji, onde a farmlia era fiel desde os tempos do Grande Mestre Nissen Shounin. Aos 13 anos, mudaram para a cidade de Osaka onde continuaram com a fábrica de papel prata, além de abrirem uma casa de banho público (Furoya), a qual foi fechada após dois anos de prejuízos.

Adolescente inquieto e curioso, devido a infância sofrida apesar de abastada, ansiava conhecer as religiões, principalmente, as que eram divulgadas perto de sua casa; a católica e uma seita da religião do Mestre Nitiren Shounin. Mas, apesar das propagandas inflamatórias, Ibaragui tinha consciência de possuir a sua religião e, em sua casa, sempre rezava diante do Altar Sagrado (Gohouzen).

Aos 19 anos de idade, com o consentimento da avó, iniciou a vida sacerdotal. Após um período de rigorosas práticas ascéticas foi ordenado pelo 2° Sumo Pontífice Nitimon Shounin, recebendo o nome budista Guenjyu. Seu mestre passou a ser o Sumo Pontífice Onoyama Nippu, bispo do templo onde fora ordenado e também um dos sacerdotes responsáveis do Templo Seifuji, de Osaka, daí o elo que o fizera ingressar ao Templo Butsuryuji, em Otsu.

Dedicou-se intensamente aos estudos das escrituras budistas e ao treino das orações. Gostava de acompanhar seu mestre em suas missões à Osaka, prestando-lhe assistência. Dois anos depois, vendo que sua formação religiosa seria prejudicada se permanecesse na pequena cidade de Otsu e, influenciado pela, na época, recente modalidade estudantil “Estudos sobre o ocidente”, fugiu para Tóquio com seu amigo também sacerdote, Kamada Guensoku. Tal súbita partida, também foi devida às constantes ausências do mestre Onoyama Nippuu, e da falta de um orientador após o falecimento de seu padrinho de ordenação, Mimaki Dennosuke (Irmão mais novo de Nitimon). Sentia que, somente em Tóquio, centro de estudos de ponta da época, poderia se lapidar e aprimorar nos estudos.

Ibaragui e Guensoku, inicialmente rumaram à província de Fukushima, onde buscaram abrigo na casa da mãe de Guensoku. A mesma, repreendeu-os levando-os ao templo Seiouji, em Tóquio, onde atuava o 4°. Sumo Pontífice Nitikyou Shounin.

Diante das explicações e pedidos de desculpas de Ibaragui e Guensoku, Nitikyou, em contato Com Nippu, passou a ser o seu novo mestre.

Todavia, as responsabilidades somente aumentaram.

Precisava demonstrar que sua vinda à Tóquio não fora em vão e que seus anseios eram verdadeiros. Ibaragui reiniciou a prática as cética de modo intenso. Aprendeu filosofia ocidental e teoria budista com o 11°. Sumo Pontífice Kajimoto Nissatsu, que na época era 4 anos mais velho que Ibaragui e filho de Nitikyou. Nissatsu estudava na renomada Universidade Waseda e tinha todas as aptidões necessárias para orientar Ibaragui do modo que ele sonhara quando partiu de Otsu.

Nessa época surgiu um fiel do Templo Seiouji chamado Ryu Mizuno, presidente da “Empire Emigration Company” (Companhia imperial de emigração), denominado mais tarde como pai da Imigração Japonesa no Brasil, que solicitou, junto ao 40 Sumo Pontífice Nitikyou Shounin, um sacerdote para integrar o grupo de imigração ao Brasil e dar assistência espiritual aos japoneses. Quem, de prontidão, como que predestinado, recebeu e aceitou foi Ibaragui.

Parece que toda a trajetória de sua vida até então, foi para, simplesmente estar ali, naquele momento, crucial para a sua vida e para o budismo em nível mundial. Foi o início de uma história de Paixão Budista que traria o budismo ao local, a partir do Japão, mais distante da Terra.

Para poder imigrar casou-se com Tiyo Yasumura (7 anos mais velha). Foi um casamento arranjado por incentivo de seu mestre Nitikyou, indicação da monja Kamei Myouden e apadrinhamento de Nishiyama Shintaro, no dia 20 de abril de 1908, oito dias antes da partida ao Brasil.

Após longa viagem de terceira classe no navio Kassato-Maru, chegaram ao Brasil no dia 18 de junho de 1908, desembarcando no porto de Santos. No início, a vida era como a de qualquer imigrante, uma vez que converter fiéis era quase impossível, pois todos se dedicavam ao trabalho, deixando a religião de lado, interessavam-se somente em retornar mais ricos ao Japão.

Passado alguns anos, Ibaragui achou melhor fundar uma colônia Butsuryu HBS, convertendo fiéis em grupo, ao invés da conversão individual. Retomou ao Japão pela primeira vez em 1926 para levar sua proposta ao 11º Sumo Pontífice Kajimoto Nissatsu, o qual aceitou e apoiou a idéia, contratando advogados da Religião para que o plano pudesse ser aprovado pelo governo, japonês. Apesar do grande empenho, a autorizaçãO foi negada pelo governo, que considerava prematuro um projeto religioso no Brasil.

A negativa desanimou Ibaragui que lá gastara quase dois anos à espera de um resultado positivo. Não bastasse isso, recebeu um telegrama noticiando a morte de seu irmão Shintaro. Iniciou os preparativos para retornar ao Brasil e o fez, chegando em 1 de janeiro de 1929.

Todavia, ao chegar, não encontrou sua esposa e nem a casa. Conforme orientação do próprio Ibaragui, ela havia vendido tudo e voltara para encontrar com o esposo que há muito havia partido e não retornara. Por falta de meios de comunicação em tempo hábil, não havia meios de Ibaragui imaginar que ela já havia executado a venda e partido ao Japão para reencontrá-lo.

Sabe-se que os dois se desencontraram em alto mar, e que os dois navios, o de volta de Ibaragui e o de ida de Tiyo, atracaram ao mesmo tempo na cidade do Cabo, África do Sul, onde se desencontraram para nunca mais se verem. Estavam ali, lado a lado e o destino os separou para sempre. Apesar desse histórico desencontro e infortúnio, Ibaragui, depois de um período de visível abatimento, reagiu. Em nome de seu mestre, da esposa e de seu irmão que haviam partido (sua esposa faleceu no ano seguinte) determinou-se a permanecer aqui para continuar a sua nobre missão, pois para ele a expansão da Religião era muito importante.

No ano de 1929, como convidados de Ibaragui, veio para o Brasil o seu tio Kisaburo Mizoguti e família. Em 1932, fiéis pioneiros da região e alguns que já eram fiéis desde o Japão, converteram cerca de 13 famílias para a religião. Devido a necessidade de um orientador religioso, Ibaragui mudou-se para a casa de seu tio, por solicitação deste, a fim de concretizar sua missão religiosa.

A primeira família budista da HBS no Brasil foi a família Endo, procedente de Miyagui, convertida já dentro do Navio Kasato-maru. Endo Toyonosuke que se converteu à religião dentro no Navio, dormia na beliche de cima no mesmo quarto de Ibaragui. Toyonosuke era apenas um ano mais velho que Ibaragui, e devido também a essa jovialidade, ambos se tornaram grandes amigos durante a viagem e por toda a vida. As circunstâncias em que os dois se encontraram, marcou-os demais. Principalmente o fato da primeira conversão ocorrer ainda em alto mar. Endo Kiyosu, esposa de Toyonosuke e Endo Yuki, irmã mais nova de Toyonosuke, representam a primeira família convertida por Ibaragui no Brasil e participantes do primeiro culto budista da história, realizado logo ao desembarcar na manhã de 19 de junho de 1908.

Houve outras conversões isoladas no período inicial da imigração, mas devido às constantes transferências de Ibaragui, nenhum grupo se formou ou houve a possibilidade da organização de um movimento concreto de expansão, pois a luta pela sobrevivência era muito árdua.

Na década de 30 começaram a surgir focos de fiéis da HBS na região de Guaiçara, que procuravam se organizar para formar um grupo. Dentre os primeiros fiéis desse grupo se encontram: Ryujiro Matsuo, Kisaburo Mizoguchi, Yoneji Matsubara, lhati Hara, Matsuhei Matsuda, Risaburo Kunikata, Yukimi Kitamura, Shujiro Hitai, Yoshihara Rintaro, Ogura, Seihiti Konishi, Yutaka Mizobe, Ryoiti Oóti, Bunjiro Suyama, Veda Masakiti, Masutaro Mizoguti, Kisao Tanbara, Yutaka Mizobe, Mitsuyuki Kaminobou, Kazuo Matsubara, Yoshida Shigueji, Iwasa Shohati, Eitaro Mizoguchi e Nobutaka Sato são os mais destacados, e outros.

Na casa dos Mizoguti, Ibaragui ajudava na agricultura durante o dia, e à noite dedicava-se aos cultos e orações fervorosas em auxílio aos fiéis. Posteriormente foi morar com a fannlia Sato, passando a dedicar-se inteiramente à expansão da Honmon Butsuryu-Shu, fazendo rodízio nas casas dos fiéis e orando por todos que necessitavam de bênçãos. Orava diariamente cerca de doze incensos (9 horas) fazendo com que muitos fiéis recebessem a graça do Gohouzen.

Nessa época, como não havia templo, os cultos e as grandes orações eram celebradas nas residências dos fiéis, altemadamente. Num desses grandes cultos, especificamente em reverência a Nitiren Shounin, realizado em outubro na casa do Sr. Sato Nobutaka, comentou-se que chegara um sacerdote da seita Nitiren nas terras do Sr. Sassaki, em Promissão. Logo Yoneji Matsubara foi ao local citado e constatou que se tratava de um sacerdote da Honmon Butsuryu-Shu chamado Guenso Teraoka. Ele começou a participar dos cultos, onde explicou ser discípulo do Bispo Kamei Nisshou Shounin (13°.S.Pontífice), que atuava na região de Azabu em Tóquio, pelo Templo Kouryuji e que resolveu vir à América do Sul para expandir a religião, para se redimir de seus erros cometidos e ser perdoado pelo seu mestre.

Segundo hoje sabemos, tal “erro” na verdade foi ter se separado da primeira esposa para se casar com uma outra mulher, Sassaki Raro (Teraoka), o que na época era motivo de grande vergonha e desonra, principalmente para um sacerdote. Daí, a penitência a qual se submetera diante de seu mestre vindo ao Brasil. Além de um fato histórico, hoje de alguma forma também pode ser descrito como uma história de amor de um monge.

Jamais saberemos as motivações intimas do Sac. Teraoka, mas sabemos que, faleceu relativamente novo, aos 44 anos de idade, em 1939. Mas, não antes de ter sido o braço direito de Ibaragui durante os quatro anos que atuou como sacerdote no Brasil (1935~1939), e primeiro a dar a idéia da construção de um templo, já que o número de fiéis ultrapassava quarenta, na época.

Guenso Teraoka após sua integração ao grupo, com consentimento de todos e de Nissui Shounin, empenhou-se em sua missão, aumentando cada vez mais o número de adeptos. Até hoje sabemos que seu discurso religioso era tão contagiante que, muitas pessoas se convertiam após escutarem as suas transmissões.

O aumento foi tão grande que em 1936, as casas dos fiéis já não comportavam mais o número de pessoas que compareciam aos cultos. Começaram então a discutir a construção de um Templo. O Sr. Yoneji Matsubara, fiel ativo e fervoroso, doou parte de seu terreno para a construção do Templo que foi inaugurado em 13 de Novembro de 1936 com o nome de “União Shinkaijyo” (Núcleo de Culto União). “União” deriva do nome do vilarejo, vizinho de Aurora, onde o núcleo foi construído. Chamava-se também Colônia União e localizava-se a 8 quilômetros de Lins. Na ocasião da inauguração e grandes cultos deste período “União” chegavam a participar cerca de 300 fiéis.

Desde o início, Ibaragui foi o Bispo deste Templo (Núcleo) fundado em 1936 e, em 1939, ordenou os sacerdotes Seihan Sassaki e Seidai Oikawa, e no início de 1940, a sacerdotisa Myoshun Teraoka, viúva de Guenso Teraoka.

Em Outubro de 1940, Ibaragui inaugurou o 2° Templo denominado Jyogyouji de Quatá (hoje extinto), num terreno doado pelo Sr. Fuji. No dia 12 de Janeiro de 1941, foi inaugurado na cidade de Presidente Prudente, o Templo Nissenji. No mesmo ano, com o início da Segunda Guerra Mundial, a missão de expansão por parte dos bispos, sacerdotes e fiéis, encontraram sérios obstáculos, devido a política adotada pelo governo aos estrangeiros. Não eram permitidas as conversas em língua estrangeira e nenhuma reunião de qualquer natureza.

Para deslocar-se de um local a outro era necessário um salvo-conduto dos órgãos federais; nesse contexto, converter um fiel e expandir a religião era quase impossível.

Esse período durou cerca de cinco anos, até que em 1946 com o término da guerra, as medidas foram sendo gradativamente amenizadas. Isso possibilitou que Ibaragui realizasse um sufrágio (oração aos mortos, ireissai) em memória aos imigrantes falecidos no Brasil e também aos mortos na Segunda Guerra Mundial. Compareceram cerca de mil pessoas, dentre elas fiéis de outras religiões. Foi também nesse período que ocorreu a ordenação de Seiko Jimbo.

Em 1947, mais um discípulo foi ordenado por Ibaragui, chamava-se Guenjyo Ishikawa. No dia 13 de Outubro de 1951 foi inaugurada a nova sede da Religião Budista Honmon Butsuryu-Shu do Brasil, o Templo Taissenji na cidade de Lins. Nessa ocasião houve também a ordenação do sacerdote Seiro Okamura.

No início da década de 50, dentro da colônia japonesa haviam pessoas que não admitiam a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, e as brigas de “Vencedores e Perdedores” eram freqüentes. Para evitar alguma revolta por parte dos japonesesinconformados,a polícia proibiu as conversas em grupos, reuniões e viagens. Qualquer desobediência acarretava em prisão. Mas Ibaragui “Nissui Shounin” (Título de sacerdote superior concedido pela matriz em 1°. Abril de 1952), não se intimidou com as tais medidas e continuou sua missão: Para ele, sua vida era em prol do Darma e independente das constantes ameaças de prisão continuou sua missão.

Em 1965, a convite da matriz mundial, viajou para o Japão juntamente com os assistentes Oikawa Seidai, Seihan Sassaki, o fiel Toyokazu Kawazaki e o Presidente da Federação Budista do Brasil, Noboru Fujimoto. Durante três meses, viajaram pelo país inteiro, participando de congressos e seminários, visitaram Templos e lugares turísticos. Em todos os Templos por onde passou, Ibaragui foi recebido com honrarias e festas.

Retornou ao Brasil em Julho de 1965 juntamente com o Nitigue Mimaki que lhe sucederia como arcebispo no Brasil. No ano seguinte 1966, Ibaragui contraiu uma doença nas cordas vocais dificultando a comunicação oral. Mais tarde constatou-se que era câncer na garganta e sua saúde agravou-se cada vez mais, nas viagens eram necessárias várias paradas para as necessidades fisiológicas. Em 1971, com doações de fiéis de todo o Brasil, foi construído um monumento em homenagem ao Arcebispo Ibaragui Nissui na cidade de Lins, no Templo Taissenji. Para a cerimônia de inauguração, vieram do Japão o Sumo Pontífice Tanaka, o Primeiro ministro da religião, Nishimura Nitiji, bispos e sacerdotes, além de 33 fiéis.

Estiveram presentes também várias autoridades políticas. Nessa ocasião Ibaragui com todo o seu esforço proferiu, com a voz quase inaudível, seu último discurso de agradecimento à todos os bispos, sacerdotes e fiéis do Brasil e Japão, que ajudaram em sua missão de expandir a Religião. Todos ficaram comovidos, sabendo que não o veriam novamente.

No dia 1°. de Novembro de 1971, todos os meios de comunicação da colônia japonesa noticiaram o falecimento de Ibaragui Nissui Shounin, aos 85 anos de idade. O funeral provocou comoção em toda a cidade de Lins, que parou nesse dia para prestar homenagem ao primeiro monge budista do Brasil, que direta e indiretamente, ajudou todo o Brasil, seu povo, sua cultura, e deixou fortes semente das quais ainda hoje colhemos muitos frutos, e ainda colheremos muito.

Ao todo, fundou sete templos no Brasil. Em sua homenagem, a rua principal do Templo Central Nikkyoji, na cidade de São Paulo, ostenta o seu nome.

Os templos por ele fundados são: Templo Taissenji, Templo Nikkyoji, Templo Ryushoji, Templo Nissenji, Templo Hompoji, Templo Butsuryuji, Templo Hoshoji.

Abaixo, imagens da revista comemorativa do 50º Culto Póstumo do Mestre Padroeiro do Budismo no Brasil, Ibaragui Nissui Shounin, que ilustra objetos da época que se encontram atualmente no Museu Ibaragui Nissui, no Templo Taissenji, em Lins – SP.